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2023 Press Release

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Prêmio Ambiental Goldman
Homenageia Seis Notáveis Defensores da Terra

Prêmio reconhece ativistas do Brasil, Zâmbia, Indonésia, Turquia, Finlândia e Estados Unidos.

A liderança indígena Alessandra Munduruku é uma das premiadas.

Cerimônias ao vivo acontecerão em 24 de abril em São Francisco e 26 de abril em Washington, DC

Embargado até dia 24 de abril às 04h30 de Brasília 12:30 AM (PDT), 3:30 AM (EDT), 7:30 AM (GMT)

Para consultas da mídia dos EUA: Emily Nauseda, goldmanprize@allisonpr.com, +1 408-688-7227
Para consultas da mídia da Europa/Reino Unido: Simon Forrester, simonjforrester@gmail.com, + 44 (0)7932 755515

SÃO FRANCISCO, 24 de abril de 2023 – A Fundação Ambiental Goldman anunciou hoje seis vencedores do Goldman Environmental Prize (Prêmio Goldman de Meio Ambiente) de 2023, o mais importante prêmio mundial para ativistas ambientais de base.

Concedido anualmente a defensores ambientais de cada uma das seis regiões continentais habitadas do mundo, o Prêmio Ambiental Goldman homenageia as realizações e liderança de ativistas ambientais de base de todo o mundo, inspirando a todos nós a agir para proteger nosso planeta.

O Prêmio foi fundado em 1989 em São Francisco pelos filantropos e líderes cívicos Rhoda e Richard Goldman. Em 34 anos, o Prêmio teve um impacto imensurável no planeta. Até o momento, o Prêmio homenageou 219 vencedores – incluindo 98 mulheres – de 95 nações. Muitos passaram a ocupar cargos como funcionários governamentais, chefes de estado, líderes de ONGs e laureados com o Prêmio Nobel.

“Agora que o mundo despertou para crises ambientais agudas como mudanças climáticas, extração de combustíveis fósseis e poluição do nosso ar e água, estamos muito mais conscientes de nossas conexões uns com os outros e com toda a vida no planeta”, disse John Goldman, presidente da Fundação Ambiental Goldman. “Uma ativista comunitário no Malawi trabalhando para combater a poluição plástica em seu próprio país está diretamente conectado a nós, e vice-versa; e ela tem muito a nos ensinar sobre como podemos fazer esse trabalho em casa, onde vivemos. Esse trabalho e nossos destinos estão todos interligados.”

Os vencedores do prêmio serão homenageados em uma cerimônia presencial no San Francisco Opera House em 24 de abril, às 21h30 de Brasília – a primeira cerimônia presencial desde 2019. A cerimônia será apresentada pela fundadora do Outdoor Afro, Rue Mapp, com a participação musical de Aloe Blacc, e será transmitida ao vivo no canal do YouTube do Prêmio Goldman.

Uma segunda cerimônia acontecerá no Eisenhower Theater, no John F. Kennedy Center for the Performing Arts, em Washington, DC, no dia 26 de abril, às 20h00 de Brasília. A cerimônia será apresentada pela jornalista vencedora do Prêmio Pulitzer, Mary Jordan, com comentários especiais da Presidente Emérita da Câmara, Nancy Pelosi.

Os vencedores deste ano são:

AMÉRICA DO SUL E CENTRAL
Alessandra Korap Munduruku, Brasil

Alessandra Korap Munduruku mobilizou membros de sua aldeia em uma campanha para evitar que a empresa britânica de mineração Anglo American prosseguisse com seus planos de extrair cobre em territórios indígenas. Em maio de 2021, a empresa se comprometeu formalmente a retirar 27 pedidos de pesquisa aprovados pela Agência Nacional de Mineração em territórios indígenas nos estados de Mato Grosso e do Pará. Desses pedidos, 13 impactavam diretamente o território de Alessandra, o Território Sawré Muybu, uma área de 178 mil hectares de floresta amazônica. A decisão protege uma região criticamente ameaçada da Amazônia da mineração e do desmatamento.

ÁFRICA
Chilekwa Mumba, Zambia

Alarmado com a poluição produzida pela operação da Konkola Copper Mines na província de Copperbelt, na Zâmbia, Chilekwa Mumba organizou um processo judicial para responsabilizar a empresa controladora da mina, Vedanta Resources. A vitória de Chilekwa no Supremo Tribunal do Reino Unido estabeleceu um precedente legal – foi a primeira vez que uma empresa britânica foi responsabilizada pelos danos ambientais causados por operações de subsidiárias em outro país. Esse precedente já foi aplicado para responsabilizar a Shell Global – uma das 10 maiores corporações do mundo em receita – por sua poluição na Nigéria.

ÁSIA
Zafer Kizilkaya, Turkey

Em colaboração com cooperativas locais de pesca e autoridades turcas, Zafer Kizilkaya expandiu a rede de áreas marinhas protegidas (AMPs) da Turquia ao longo de 498,89 quilômetros da costa do Mediterrâneo. As áreas recém-designadas foram aprovadas pelo governo turco em agosto de 2020 e incluem uma expansão da rede de AMPs em 350 km² de áreas sem arrasto e sem cerca e mais 70 km² de zonas de não pesca. O ecossistema marinho da Turquia foi severamente degradado pela sobrepesca, pesca ilegal, desenvolvimento turístico e os efeitos das mudanças climáticas – e essas áreas protegidas colaboram para mitigar esses desafios.

EUROPA
Tero Mustonen, Finland

Desde abril de 2018, Tero Mustonen liderou a restauração de 62 antigas áreas de mineração de turfa e de florestas altamente degradadas em toda a Finlândia – totalizando 86.000 acres (cerca de 34.803 hectares) – e as transformou em pântanos e habitats produtivos e biodiversos. Ricas em matéria orgânica, as turfeiras são sumidouros de carbono altamente eficazes. De acordo com a UICN, as turfeiras são as maiores reservas naturais de carbono da Terra. Cerca de um terço da superfície da Finlândia é formada por turfeiras.

ILHAS E NAÇÕES INSULARES
Delima Silalahi, Indonesia

Delima Silalahi liderou uma campanha para assegurar a administração legal de 17.824 acres (cerca de 7.211 hectares) de terras de floresta tropical para seis comunidades indígenas no norte de Sumatra. O ativismo de sua comunidade recuperou esse território de uma empresa de celulose e papel que o havia convertido parcialmente em uma monocultura, não nativa, de eucalipto industrial. As seis comunidades começaram a restaurar as florestas, criando valiosos sumidouros de carbono de floresta tropical indonésia biodiversa.

AMÉRICA DO NORTE
Diane Wilson, United States

Em dezembro de 2019, Diane Wilson ganhou um caso histórico contra a Formosa Plastics, uma das maiores empresas petroquímicas do mundo, pelo despejo ilegal de resíduos plásticos tóxicos na costa do Golfo do Texas. O acordo de 50 milhões de dólares é o maior prêmio em um processo cidadão contra um poluidor industrial na história da Lei de Águas Limpas dos EUA. Como parte do acordo, a Formosa Plastics concordou em atingir “descarga zero” de resíduos plásticos de sua fábrica Point Comfort, pagar multas até que as descargas cessem e financiar a remediação das áreas úmidas, praias e cursos d’água locais afetadas.

ATENÇÃO AOS EDITORES: Informações biográficas detalhadas, fotografias, b-roll e vídeo de todos os vencedores estão disponíveis por solicitação ou online em goldmanprize.org/media-room/.

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Sobre o prêmio ambiental goldman

O Prêmio Goldman Ambiental foi criado em 1989 por líderes cívicos e filantropos Richard e Rhoda Goldman, de São Francisco. Os premiados são selecionados por um júri internacional a partir de indicações confidenciais submetidas por uma rede mundial de organizações e ambientalistas.

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